Vamos aos fatos: eu, Bruno Massao, sou um grande fã de carros, no geral. Eu prefiro acompanhar a Fórmula 1 a qualquer campeonato de futebol, prefiro passar horas jogando Gran Turismo do que Mortal Kombat e assim por diante. É óbvio que se eu tivesse que escolher apenas uma franquia da Pixar (excluindo Toy Story por motivos meio óbvios), a escolha seria Carros.
Refrescando a memória, Carros conta a história de Lightning McQueen, um novato e arrogante carro de corrida que sonha em ser campeão da Piston Cup. Ao mandar que Mack, o caminhão de sua escuderia, o levasse sem descanso até a Califórnia, onde a corrida de desempate pelo título da Piston Cup aconteceria, caindo na pacata cidade de Radiator Springs, onde aprende os valores sobre amizade e afins.
Carros 2 toma lugar aproximadamente 4 ou 5 anos após o final de Carros. McQueen, agora campeão da Piston Cup, volta a Radiator Springs para suas merecidas férias. Doc Hudson, o carro que foi uma lenda da Piston Cup, não está mais presente entre eles, o que sugere que ele morreu - visto a expressão de McQueen ao falar da mudança de nome do troféu da Piston Cup para Hudson Hornet Piston Cup. Ao mesmo tempo, uma corrida de três etapas (Japão, Itália e Inglaterra) em pról de um combustível biodegrádavel vai começar, e McQueen é desafiado a correr.
Agora, pega tudo isso que eu escrevi e joga como background, certo? Ao contrário do primeiro filme, em que o protagonista claramente era McQueen, Carros 2 tem como protagonista o simpático guincho Mater (de Tow Mater, traduzido para o Brasil como Tom Mate), que se vê envolvido em uma trama de espionagem capaz de deixar, ahn... Austin Powers - é, Austin Powers - de queixo caído. Com cenas de luta em banheiros, armas, perseguições, explosões, lança-chamas, tortura e afins, Carros 2 poderia muito bem ser um filme do Austin Powers. Mas não é.
Apesar do enredo fraco, o filme está muito longe de ser ruim. Para quem gosta de cultura pop, vale citar várias tiradinhas já clássicas da Pixar, como as "versões Cars" da Rainha Elizabeth II e do Papa Bento XVI, a quantidade imensa de "caminhões hooligans" em um pub da Inglaterra, e de toda a caracterização policial (e militar) nos diferentes países que o filme tem como cenário. Visualmente, o filme mantém a qualidade Pixar de sempre: impecável.
No mais, vale citar que você deveria assistir enquanto o filme está no cinema. Há sessões legendadas no Bourbon Shopping Pompéia (normalmente as últimas), tanto para cópias 3D quanto para 2D.
Ganhei do GetGlue MWAHAHAHA |