segunda-feira, outubro 31, 2011

quinta-feira, outubro 27, 2011

The Birds of Anger

Sabe o que acontece quando você mistura Os Pássaros (título original: The Birds), filme de terror de 1963 dirigido por Alfred Hitchcock, com Angry Birds, o jogo mais amado por toda a galera casual gamer?

O G4, junto com o diretor Gregg Bishop, mostra o resultado com o curta-metragem abaixo, chamado The Birds of Anger.


Divertido e totalmente nonsense.

quinta-feira, outubro 20, 2011

Sobre a demo de Need For Speed: The Run


Foi disponibilizada na terça-feira a demo do próximo Need For Speed. Need For Speed: The Run será lançado no dia 15/11 (América do Norte) e conta a história de Jack Rourke. Informações escassas sobre o roteiro dizem que Jack deve muito dinheiro para as "pessoas erradas" e que tanto os policiais como a máfia querem a cabeça dele. A única saída é ele vencer a The Run, uma corrida ilícita com mais de 200 pilotos que começa em São Francisco e termina em Nova Iorque. Se ele vencer, ele recebe o prêmio de US$ 25 milhões.

Pois bem, o roteiro é de filme de ação pipoca (eu consigo imaginar facilmente um filme da franquia "Velozes e Furiosos" com esse tipo de roteiro), mas se tratando de um jogo de corrida é aceitável. Jogos de corrida nunca tiveram histórias brilhantes como ponto principal.

Christina Hendricks (Mad Men) como Sam Harper e Sean Faris (Never Back Down) como Jack Rourke

Todo o material de divulgação sobre o jogo - até o momento - se baseou no enredo do jogo. "Jack está marcado", "Jack presia vencer para sobreviver", "Jack isso", "Jack aquilo" e outras frases de efeito que impressionam mais garotos de 15 anos que realmente acham que um Peugeot 206 1.0 todo tunado consegue correr mais do que um Nissan Skyline R34 GT-R do que os "adultos" que cresceram jogando Need For Speed. E pra completar, a EA ainda me anuncia que o jogo terá Quick Time Events - o que deixou muita gente falando "Porra, é um Need For Speed, pra que eu vou sair do carro?" - Antes de prosseguir, gostaria de deixar um adendo: Não, eu não acho que os QTEs vão "destruir" o jogo. Inclusive acho que foi a melhor alternativa para dar continuidade no enredo de forma jogável.

Enfim, eu queria sentir o jogo antes de tirar conclusões, pois eu estava dividido, então aproveitei que a demo foi disponibilizada e fiz o favor de jogar. No geral, eu senti o jogo como sendo uma autêntica experiência Need For Speed, com três pontos importantes a serem destacados:
  • A física dos carros: Se você jogou os jogos mais antigos da série, você vai sentir certas familiaridades - e só. Apesar de ainda ser, essencialmente, um jogo de corrida arcade, o jogo está bem longe de ser o tipo de arcade que o Need For Speed: Hot Pursuit lançado ano passado. Você vai perceber que carros com o assoalho mais baixo, como um Audi R8, tendem a não ser tão rápidos e ficam mais difíceis de controlar quando estão correndo sobre a terra, enquanto carros "mais altos", como um Chevrolet Camaro, se dão melhor nesse tipo de terreno. Em compensação, quando você está sobre o asfalto, a figura muda totalmente, o que irá dar uma dinâmica legal ao jogo. Outra coisa que eu achei bem interessante, ainda sobre os terrenos: a primeira parte da demo toma lugar em uma região desértica, enquanto a segunda parte toma lugar em uma estrada totalmente congelada - e fechada. A física do carro na neve muda absurdamente em relação à física do carro no deserto: é mais fácil derrapar, frear muito tarde pode fazer você bater e, em certos pontos, o carro chega a perder velocidade (mesmo com você acelerando) por ter patinado. 
  • Os cenários: Confesso que o jogo, ao ver screenshots e vídeos, não me convenceu. O cenário parecia morto e mal feito. Assim, eu não tinha tantas esperanças sobre os gráficos do jogo - e isso foi bom, porque eu acabei sendo surpreendido. Ao ver o jogo rodando, eu pude perceber aspectos que eu não tinha percebido antes: reflexos nos carros, as texturas dos traçados, diferenças de iluminação. Não, isso não significa que o jogo é o mais bonito que eu já vi, porém é um jogo bonito de se ver, sim. O grande destaque foi, outra vez, a estrada congelada: a estrada está fechada pois existe o risco de acontecer uma avalanche. O que você faz para impedir que aconteça um desastre? Você fecha a estrada e causa a avalanche. Essa passagem começa com Jack olhando para a barreira de proteção dessa estrada. Seu carro está parado no acostamento quando, de repente, você ouve o barulho de um motor. Um Audi R8, de outro piloto que está competindo na The Run, entra na estrada, o que faz Jack voltar pro carro e descer a estrada enquanto as explosões acontecem e, literalmente, mais e mais pedaços de neve vão descendo montanha abaixo. Me atrevo a dizer que essa parte é uma das mais sensacionais que eu já vi em um jogo.
  • A inteligência artificial: Nunca tive do que reclamar com a série. Se existe um ponto forte em Need For Speed, esse ponto sempre foi a inteligência artificial dos pilotos. Eles são agressivos, tentam ultrapassar, erram freadas, espalham o carro pela pista, tentam se defender... E nesse jogo, em específico, uma coisa me chamou muito a atenção: alguns dos pilotos tentam, literalmente, te tirar da corrida. Eles jogam o carro pra cima de você, tentam te empurrar pra fora da estrada e afins. Simplesmente desafiador. (vale citar que existem 4 dificuldades na demo: Easy, Normal, Hard e Extreme - eu joguei na Normal, Hard e Extreme).
Mas nem tudo são flores. Existem horas que a Lamborghini LP550-2, disponível na demo, parece um tijolo. O carro não vira nem fodendo! Eu não conseguia acertar o traçado em uma linha reta. Além disso, o carro tem um freio extremamente agressivo: eu consegui baixar minha velocidade de 300km/h pra 80km/h como se fosse um carro de Fórmula 1. Mesmo que a intenção não seja ser "real", eles capricharam tanto no sistema de física do jogo que eu considerei isso uma falha - que dá para ser corrigida até o lançamento do jogo.

Um outro problema - mas esse já comum nos últimos NFS... - é o Autolog. Não a ideia, que é legal, mas os servidores. Se considerarmos que eu joguei as duas pistas em três dificuldades diferentes, eu joguei 6 vezes, correto? Dessas 6 vezes, minha conexão com o Autolog caiu 5 vezes. É um problema que, pelo visto, eles não vão corrigir tão cedo.

Agora, às perguntas que eu recebi enquanto jogava a demo (juro que não entendi porque o pessoal que me tem adicionado na PSN não entrou e baixou a demo também e ficaram me perguntando se o jogo tava bom):

O que você achou do jogo? É divertido?
Achei a demo "incompleta". Apesar de trazer duas corridas distintas - que já haviam sido disponibilizadas na E3 e na Gamescom - o jogo não trouxe nenhuma passagem de QTE, que é um dos pontos que mais chamou a atenção de todos - tanto positivamente quanto negativamente.

O que eu joguei da demo me agradou bastante. Ele tem um bom nível de dificuldade e é divertido. O que pega aqui é a questão do fator replay: não sei se o multiplayer dele será tão divertido quanto é o multiplayer do Need For Speed: Hot Pursuit. É esperar pra ver.

Dá para comparar com Driver: San Francisco?
Em alguns aspectos, sim. Ambos são jogos em que você dirige um carro e ambos têm um enredo por trás. Mas o enredo de Driver: San Francisco tende a me convencer um pouco mais, mesmo sendo sobre um cara que consegue "invadir" o corpo de qualquer ser vivo que esteja dirigindo. O enredo do NFS: The Run ainda não me convenceu.

Quanto à dificuldade, em Driver: San Francisco existe uma reclamação comum é a discrepância de dificuldade entre as missões: Algumas missões são extremamente fáceis, enquanto outras são extremamente difíceis. NFS: The Run já se mostrou mais equilibrado nesse aspecto.

Dá para comparar com outros jogos de corrida que saíram esse ano?
Depende. Se você quiser comparar com Forza 4, Shift 2: Unleashed ou F1 2011, esquece. Apesar de serem de corrida, todos são diferentes entre si. Agora, se você quiser comparar com Daytona USA - que será relançado via download digital semana que vem -, Driver: San Francisco ou MotorStorm Apocalypse, sim, o jogo é comparável.

A história é engolível?
A demo não deu muitos detalhes sobre a história. Pra você ter uma ideia, você aprende mais sobre o enredo do jogo se baseando em informações que estão na internet e em releases de imprensa do que pela própria demo.

Em uma escala de "ruim" a "imperdível", onde você colocaria o jogo?
Tendo jogado só a demo, eu classificaria ele entre "mediano" e "bom". O jogo é divertido e tem seus momentos, mas não dá pra ter noção do jogo completo só pela demo, principalmente porque não tem nenhum QTE. De todo modo, não acredito que o jogo completo escape dessa área em que eu coloquei a demo. ;)

segunda-feira, outubro 03, 2011

Sobre mixtapes, coletâneas & formas de descobrir bandas novas

Que tal voltarmos a um passado não muito distante? Sabe aquela época em que as bancas de jornais era "inundadas" com publicações no formato revista + CD (Rock Motor: Punk HardCore Skate, saiba que estou olhando pra você)? Ou quando você ia na Galeria do Rock e encontrava coletâneas como a Underworld Vol. 2 (a coletânea nacional da caixinha de pizza) ou então a famosa Short Music For Short People, que tinha nada menos que 102 músicas com menos de 40 segundos? O nome Life In The Fat Lane lembra algo? Que tal Punk-O-Rama? E quanto aquelas mixtapes que seus amigos gravavam, em que grandes nomes do panque róque como Bad Religion e The Offspring dividiam espaço com bandas "desconhecidas" como Dance of Days e KiLLi?

Pois bem, eu lembro de todas essas coletâneas. No meu caso, era muito mais fácil conhecer bandas por essas coletâneas, visto que internet, pra mim, era algo que só rolava depois das 14h do sábado. Apesar de já existir MP3, a maravilhosa internet discada não colaborava muito - 2 horas para fazer o download de um arquivo de 3 MB.

Tá, certas vezes aparecia na minha mão alguma mixtape com a qualidade lá embaixo - devido ao fato da fita ter sido gravada e regravada infinitas vezes. Mesmo assim, com áudio horrível e cheio de partes "mastigadas", essas fitinhas me fizeram descobrir inúmeras bandas, como Lagwagon, Suicide Machines, Reel Big Fish, Rancid, NOFX, Pulley...

Nessa mesma época eu consegui colocar a mão em algumas coletâneas. Para ser mais exato, aquelas 5 coletâneas citadas no primeiro parágrafo. Foi por causa delas que eu tive meu primeiro contato com Mad Caddies, Bouncing Souls, Tilt, Dance Hall Crashers, No Use For a Name, Dance of Days, KiLLi, Sly, Los Toskos...

Passados alguns anos, as mixtapes foram "morrendo". Ao invés das fitas K7, por vezes eu recebia um CD-R, gravado, sempre com uma média de 15 músicas (80 minutos, né?). O lado bom disso era que eu não precisava ficar voltando ou avançando a fita pra achar onde estava aquela música. Por outro lado, nem sempre a qualidade das músicas gravadas no CD-R era boa e eles tinham uma variação de volume absurda. Nessa época eu comecei a caçar mais algumas coletâneas, gravadas "profissionalmente", mas acabava que eu pegava as coletâneas mais pelas bandas que eu conhecia do que pela vontade de conhecer novas bandas.

Eu sei que ainda existem coletâneas sendo produzidas a todo vapor, então tomei meu tempo para escutar algumas dessas coletâneas. Eis o que fiz: escolhi duas coletâneas (uma nacional e uma internacional - respectivamente, a coletânea Independência e a Warped Tour 2009 Compilation), tirei as bandas que eu já conhecia e escutei apenas o material desconhecido por mim.

E quer saber? Devo dizer que o resultado não foi dos melhores. Da Warped Tour 2009, eu só gostei de uma banda, chamada Left Alone. Se você acha isso ruim, pega essa: da Independência, eu... Não gostei de nada que eu não conhecia. Apesar disso, meu eu interior de 14 anos tá berrando que se fosse em outra época, eu teria gostado dessas três bandas aqui: Ponto, New Action e Instinto.

Resumindo, de 39 bandas que eu não conhecia (22 do Warped Tour 2009 e 17 do Independência), eu gostei de uma banda; das outras 38 bandas, eu poderia ter gostado de três se fosse em uma época em que eu não estivesse de saco cheio desse tipo da banda.
"Tá, mas eu não tenho tempo pra pegar duas coletâneas, tirar o que eu já conheço e escutar o resto. Como eu faço?"
Três alternativas:
a) Escuta a coletânea inteira;
b) Acessa o Grooveshark e procura por alguma banda/ritmo. Sempre aparecem algumas playlists criadas por usuários do site.
c) Procure por sites como o 60' playlists - http://60m.in/ - que disponibiliza diversas listas. Aposto que tem uma que bate com seu gosto - ou pelo menos chega perto. Vale citar que eu já colaborei com o 60' playlists em duas oportunidades: