segunda-feira, outubro 03, 2011

Sobre mixtapes, coletâneas & formas de descobrir bandas novas

Que tal voltarmos a um passado não muito distante? Sabe aquela época em que as bancas de jornais era "inundadas" com publicações no formato revista + CD (Rock Motor: Punk HardCore Skate, saiba que estou olhando pra você)? Ou quando você ia na Galeria do Rock e encontrava coletâneas como a Underworld Vol. 2 (a coletânea nacional da caixinha de pizza) ou então a famosa Short Music For Short People, que tinha nada menos que 102 músicas com menos de 40 segundos? O nome Life In The Fat Lane lembra algo? Que tal Punk-O-Rama? E quanto aquelas mixtapes que seus amigos gravavam, em que grandes nomes do panque róque como Bad Religion e The Offspring dividiam espaço com bandas "desconhecidas" como Dance of Days e KiLLi?

Pois bem, eu lembro de todas essas coletâneas. No meu caso, era muito mais fácil conhecer bandas por essas coletâneas, visto que internet, pra mim, era algo que só rolava depois das 14h do sábado. Apesar de já existir MP3, a maravilhosa internet discada não colaborava muito - 2 horas para fazer o download de um arquivo de 3 MB.

Tá, certas vezes aparecia na minha mão alguma mixtape com a qualidade lá embaixo - devido ao fato da fita ter sido gravada e regravada infinitas vezes. Mesmo assim, com áudio horrível e cheio de partes "mastigadas", essas fitinhas me fizeram descobrir inúmeras bandas, como Lagwagon, Suicide Machines, Reel Big Fish, Rancid, NOFX, Pulley...

Nessa mesma época eu consegui colocar a mão em algumas coletâneas. Para ser mais exato, aquelas 5 coletâneas citadas no primeiro parágrafo. Foi por causa delas que eu tive meu primeiro contato com Mad Caddies, Bouncing Souls, Tilt, Dance Hall Crashers, No Use For a Name, Dance of Days, KiLLi, Sly, Los Toskos...

Passados alguns anos, as mixtapes foram "morrendo". Ao invés das fitas K7, por vezes eu recebia um CD-R, gravado, sempre com uma média de 15 músicas (80 minutos, né?). O lado bom disso era que eu não precisava ficar voltando ou avançando a fita pra achar onde estava aquela música. Por outro lado, nem sempre a qualidade das músicas gravadas no CD-R era boa e eles tinham uma variação de volume absurda. Nessa época eu comecei a caçar mais algumas coletâneas, gravadas "profissionalmente", mas acabava que eu pegava as coletâneas mais pelas bandas que eu conhecia do que pela vontade de conhecer novas bandas.

Eu sei que ainda existem coletâneas sendo produzidas a todo vapor, então tomei meu tempo para escutar algumas dessas coletâneas. Eis o que fiz: escolhi duas coletâneas (uma nacional e uma internacional - respectivamente, a coletânea Independência e a Warped Tour 2009 Compilation), tirei as bandas que eu já conhecia e escutei apenas o material desconhecido por mim.

E quer saber? Devo dizer que o resultado não foi dos melhores. Da Warped Tour 2009, eu só gostei de uma banda, chamada Left Alone. Se você acha isso ruim, pega essa: da Independência, eu... Não gostei de nada que eu não conhecia. Apesar disso, meu eu interior de 14 anos tá berrando que se fosse em outra época, eu teria gostado dessas três bandas aqui: Ponto, New Action e Instinto.

Resumindo, de 39 bandas que eu não conhecia (22 do Warped Tour 2009 e 17 do Independência), eu gostei de uma banda; das outras 38 bandas, eu poderia ter gostado de três se fosse em uma época em que eu não estivesse de saco cheio desse tipo da banda.
"Tá, mas eu não tenho tempo pra pegar duas coletâneas, tirar o que eu já conheço e escutar o resto. Como eu faço?"
Três alternativas:
a) Escuta a coletânea inteira;
b) Acessa o Grooveshark e procura por alguma banda/ritmo. Sempre aparecem algumas playlists criadas por usuários do site.
c) Procure por sites como o 60' playlists - http://60m.in/ - que disponibiliza diversas listas. Aposto que tem uma que bate com seu gosto - ou pelo menos chega perto. Vale citar que eu já colaborei com o 60' playlists em duas oportunidades:

3 comentários:

  1. Nessas horas que eu agradeço por existir a internet. Antes, eu só ouvia o que meu pai tinha em vinil e CD. Não que fosse um problema, já que muito do que gosto hoje é resultado daqueles tempos, mas chega uma hora que você quer conhecer coisas novas e... nada. Como fui me interessar por música na época da internê, não tive muitos problemas com cassete, cd gravado - e nisso eu agradeço!
    Atualmente, pra conhecer bandas novas, eu sempre fico ligada no que toca nos meus seriados favoritos. Sempre tem alguma coisa útil. Os seguidores do tuirer também ajudam de vez em quando =D

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  2. Nunca fui de comprar coletâneas por puro preconceito, admito. Novas bandas sempre vieram a mim por meio dos amigos mesmo ou MTV. Hoje acompanho alguns sites e blogs de música e, se me interesso por alguma coisa, procuro no youtube primeiro para depois baixar a discografia.

    Uffa, finalmente um post em que eu posso comentar porque não estou perdida hahahaha

    Beijos!!

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  3. Boa tarde,

    Trabalho com a agência e21 (Grupo MTCom/RS) e gostaria de tê-los em nosso mailing para encaminhar sugestões de pauta. É possível que me encaminhe um email e telefone para mantermos contato?

    Obrigada pela atenção

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